4 lições de quem já adotou o cloud computing e qual a previsão para o futuro da nuvem

À medida que as infraestruturas corporativas evoluem e mudam no atual cenário de digital-first, os líderes de Infraestrutura e Operações precisam priorizar a adaptação e a proteção em suas listas de tarefas. O uso do cloud computing está em alta, com aplicativos corporativos migrando para a cloud pública e as organizações se tornando cada vez mais cloud native em suas implantações.

Embora cada vez mais empresas estejam implementando soluções em cloud computing, é comum surgirem algumas dúvidas nos líderes sobre os benefícios, riscos e as melhores práticas de uma implementação em nuvem.

O rápido ritmo de inovação em infraestrutura cloud computing e serviços de plataforma (CIPS) torna a nuvem o ambiente ideal para novos serviços digitais e cargas de trabalho tradicionais existentes. Razão pela qual 40% ou todas as cargas de trabalho corporativas serão implantadas em CIPS até 2023. Em 2020, este valor já representa mais de 20%.

“Os líderes de TI precisam formular uma estratégia coesa, que seja expansiva e voltada para o futuro e, dessa forma, colher plenamente o valor dos negócios hospedados em nuvem”, disse John McArthur, Senior Director Analyst da Gartner.

Questões de risco e custo devem ser levadas em consideração por quem está pensando em migrar para cloud computing, e também por quem está buscando a evolução e a otimização de uma arquitetura digital já existente.

A partir de um artigo do Gartner, listamos alguns dos erros mais comuns cometidos pelos usuários de cloud computing, para que líderes de infraestrutura e operações possam aprender lições importantes. Mesmo porque, a previsão é de que, até 2024, empresas que não estão cientes dos erros cometidos em sua implementação da nuvem terão um gasto de 20 a 50% maior.

4 lições de quem já adotou Cloud Computing 

1ª – Implemente uma estratégia de cloud em toda a organização

Muitas organizações possuem diversas iniciativas em nuvem, cada uma liderada por um departamento diferente. Quando essas iniciativas não estão alinhadas com os objetivos de negócios, a abordagem em cloud não é mensurada corretamente e isso impede que o cloud computing tenha um impacto positivo para a estratégia e os resultados de uma empresa.

Comece documentando a estratégia de cloud, que deve ter um objetivo comum para toda a organização, alinhando metas, benefícios e riscos. Isso evita atrasos causados por prioridades desalinhadas.

Os líderes de Infraestrutura e Operações devem conduzir a criação desse documento de estratégia de cloud para trazer um ponto de vista claro e conciso sobre a nuvem e seu papel na organização. Certifique-se de que o guia leve em consideração as mudanças da organização e seja apoiado por um executivo. Esse deve ser um documento vivo, atualizado de acordo com as evoluções das metas, fatores de negócios e mercados de fornecedores.

2ª – Estabeleça um centro de excelência em nuvem e um recurso de arquitetura de cloud

Um centro de excelência em nuvem (CCOE) gerencia e governa os diferentes estágios da adoção do cloud. A demora de uma criação do CCOE é um erro comum entre as organizações que implementam o cloud. Migrações para a nuvem sem a avaliação do CCOE podem resultar em arquiteturas não são seguras ou confiáveis, sendo necessário um novo processo de migração.

O CCOE tem três responsabilidades principais dentro de uma empresa:

– Governança: criar políticas de cloud computing e selecionar ferramentas de governança

– Corretora: ajudar usuários a selecionar provedores de nuvem, arquitetar soluções de nuvem e colaborar com a equipe de sourcing para negociação de contratos e gerenciamento de fornecedores

– Comunidade: elevar o nível de conhecimento em cloud na organização, compreendendo e difundindo as melhores práticas

O CCOE deve incluir um arquiteto de nuvem, que é responsável por definir estratégias e interagir com as principais partes interessadas. O candidato ideal para essa posição deve ser uma pessoa respeitada dentro da organização, que tenha acesso aos líderes de negócios e ao CIO. Alguém que tome a iniciativa e seja um “aficionado em cloud”. Essa pessoa também deve ter habilidades técnicas em cloud e experiência em projetos de implementação em nuvem.

3ª – Identifique quais cargas de trabalho devem migrar para cloud e qual o provedor de cloud ideal

A maioria das questões de implementação em nuvem se concentra em duas áreas principais: identificar quais cargas de trabalho devem migrar para cloud e selecionar um provedor de serviços de nuvem (CSP) certo, com base nessas cargas de trabalho.

Muitas empresas começam a migrar aplicativos e cargas de trabalho para a nuvem com base em um pequeno conjunto de critérios técnicos. No entanto, os líderes de Infraestrutura e Operações devem realizar uma avaliação completa, que examine a viabilidade técnica e o valor comercial de cada aplicativo para identificar quais cargas de trabalho estão prontas para a nuvem. Concentrar-se em aplicativos que têm uma necessidade estratégica de migração economizará tempo e esforço de implantação.

Da mesma forma, a escolha de um provedor de nuvem pública deve ser baseada em mais do que apenas recursos técnicos. Os líderes de Infraestrutura e Operações também devem considerar fatores de localização e negócios. Por exemplo, considere confiar em CSPs locais quando as regiões de nuvem pública não oferecem o nível apropriado de serviço, desempenho ou custo em cloud. Mesmo no CSP público, o tipo, o preço e a qualidade dos serviços em nuvem podem variar entre as regiões.

4ª – Adote as práticas de gerenciamento corretas para a evolução da maturidade da nuvem

À medida que a maturidade da nuvem da organização melhora, os líderes de Infraestrutura e Operações devem evoluir a governança e o gerenciamento de seus recursos. Uma armadilha comum entre as organizações que começam sua jornada de migração é acreditar que os procedimentos atuais de governança e gerenciamento no local são válidos para os recursos em cloud.

Mudar as práticas de governança e gerenciamento depois de tentar integrar novos recursos às ferramentas e políticas existentes requer mais tempo, esforço e gastos do que se essas práticas tivessem sido alteradas anteriormente. O gerenciamento de nuvem bem-sucedido requer um equilíbrio entre habilitação de autoatendimento e governança.

Priorize ter como padrão uma solução baseada em cloud que seja de ponta e preparada para o futuro. 

 

Escrito por: Especialistas Inmetrics. 

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